Instalação de pedreira no ‘Vale do Alho’ ameaça 2.500 famílias ligadas à agricultura familiar em Novo Horizonte
Mais de 2.500 famílias que vivem da agricultura familiar no "Vale do Alho", em Novo Horizonte, na Chapada Diamantina, pedem socorro. Há em curso a possibilidade de ser instalada uma pedreira na região, o que afetaria diretamente à população e as terras agricultáveis.
Os pequenos agricultores fizeram protestos contra a instalação da pedreira, que tem o aval da prefeitura. O vereador Gean Carlos já entrou com representação no Ministério Público do Estado denunciando irregularidades na exploração de minérios (mármore), cuja atividade gera poluição ambiental, inclusive com risco à segurança hídrica da população local, por abranger área com nascentes de água “mas é tolerada a partir de licença ambiental municipal”.
O promotor Jailson Trindade Neves remeteu o caso para o Ministério Público Federal (MPF), em Guanambi. De acordo com ele, “o MPF tem atribuição para atuar, na área cível, buscando a prevenção ou reparação de danos ambientais decorrentes da atividade de mineração”.
De acordo com o vereador Gean Carlos, o prefeito Djalma Anjos (PP) colocou apenas servidores públicos municipais no Conselho do Meio Ambiente, o que facilitou a instalação da pedreira a partir da licença ambiental concedida. Ele relata ainda ter sofrido ameaça de morte, o que o faz andar com segurança.
Há, ainda, uma ação popular na justiça tendo como réus o município de Novo Horizonte, as empresas Super Clássico Comércio Importação e Exportação, Mineração Córrego do Ouro Export Ltda e Santa Rita Rochas Ornamentais Ltda.
Fonte: Aratu ON