Importância, mitos e cuidados sobre o consumo da carne vermelha

Importante fonte de proteína animal, a carne vermelha é um alimento muitas vezes injustiçado. Seu consumo é costumeiramente associado a problemas de saúde. No entanto, nem tudo que nos acostumamos a ouvir sobre a carne vermelha é verdadeiro ou cientificamente comprovado. Mitos que dizem que  "o consumo de carne vermelha faz mal aos ossos", "que a carne apodrece no intestino" ou que "comer carne engorda" corroboram com a histórica injustiça.

Para o nutricionista Marcelo Barreto, os principais mitos sobre a carne vermelha  estão  relacionados ao uso de antibióticos e hormônios nos animais vivos.

"Com a grande fiscalização por parte dos órgão de vigilância sanitária é bastante difícil que isso aconteça. Por isso é importante que o consumidor verifique o selo e procure saber sobre a procedência da carne que está comprando. Tem também a questão do câncer, que também é um mito. Não há estudo que diga que comer carne produz câncer. O câncer é uma doença multifatorial, e por isso não existe essa relação direta".

O nutricionista destaca ainda a importância do ponto de vista nutricional do consumo da proteína animal: "A carne é sem duvidas uma das melhores fontes de proteína. Contém os aminoácidos essenciais, como por exemplo a Fenilalanina, responsável pela formação de neurotransmissores, contribuindo para melhorar a memória e o funcionamento do cérebro em geral. É também grande fonte ferro e vitamina B12. O Ferro a gente sabe que previne a anemia. Além do zinco, que é um antioxidante. Tem também o ácido linoleico conjugado, que ajuda na perda de peso..."

"A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é consumir 400g de carne na semana. Então, se você coloca um bife de 100g, você pode comer quatro vezes na semana. A dieta sempre tem que ser equilibrada.  Os cortes mais saudáveis são aqueles que possuem menos gordura. O filé mignon, por exemplo. Temos também o largato, o alcatra e o patinho...".

PROCEDÊNCIA

Outro cuidado diz respeito à questão do animal. Em que condições esse animal foi criado, abatido e etc. De acordo com Wagner Brito, gerente comercial da Boi Dourado, empresa baiana especializada na produção e comercialização de carnes, é importante saber a procedência, não somente da industria mas também da parte do criador.

"É necessário saber se essa industria é comprometida com o bem estar animal, se adquire animais de produtores e que têm essa responsabilidade de alimentá-lo de forma equilibrada, com pasto e ração. Se a gente for analisar, a doença da vaca louca surgiu por essa questão de criatórios comerciais, focados somente na produção de carne e esquecendo do bem estar animal. A Boi Dourado tem esse compromisso com  o consumidor. Adquirimos animais que são criados de forma semi confinados, animais de procedência, criados com o manejo correto". 

Fonte: Aratu On

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