”Não é porque vamos ter eleição que vamos prometer milagre”, diz ACM sobre servidores públicos
O pré-candidato ao governo do estado ACM Neto (DEM), que está em isolamento por conta da Covid, fez um aceno aos servidores públicos ontem. Em entrevista por telefone na sexta-feira (14) à rádio Jequié FM, emissora de propriedade do deputado federal Leur Lomanto (DEM), ele afirmou que tem dialogado com diversas categorias. ”Onde eu chego na Bahia, ouço os servidores em geral, e em particular professores e policiais, estão muito machucados, desvalorizados, seja pela questão salarial, seja também pelas condições de trabalho. E não há governo forte, não há hipótese é um governo produtivo, eficiente, sem que o funcionalismo esteja motivado, vestindo a camisa, correndo atrás”, afirmou.
Ele ressaltou que, no diálogo com o funcionalismo público, não vai prometer o que não pode cumprir e falou também sobre o Planserv, frequentemente alvo de críticas dos servidores. ”Quem conhece sabe: não é porque nós vamos ter eleição esse ano que vamos prometer milagre, prometer coisas impossíveis. Mas eu tenho aberto um diálogo franco com os servidores públicos, primeiro para ter o conhecimento pleno dessa realidade e dos problemas acumulados ao longo desses quase dezesseis anos e, segundo, com a perspectiva de valorização das carreiras, de apoio ao funcionalismo”, disse.
Ao falar do Planserv, o pré-candidato disse que implantou um plano de saúde para servidores de Salvador no período em que foi prefeito. ”O que a gente viu acontecendo no Planserv durante esse tempo todo foi um esvaziamento, descredenciamento de clínicas e hospitais. Muitas vezes o servidor precisa recorrer a uma clínica, a um hospital, para fazer um exame, marcar uma consulta e não tem alternativa. Então, o servidor tem que ser valorizado, priorizado. Eu não vou fazer politicagem com os servidores”, salientou.
ACM Neto afirmou que é preciso repensar o modelo de gestão dos polos industriais do estado, chamando os empresários para o diálogo, inclusive na procura por novos negócios. ”É preciso criar um ambiente favorável para os investimentos. O poder público tem que entrar com aquilo que é de sua responsabilidade, infraestrutura, política fiscal, facilitar os procedimentos legais, regularização de alvará, de licença. O estado tem que entrar com tecnologia, com suporte. Do outro lado, você tem que ter o empresário também envolvido na gestão ao lado do poder público na busca de novos investimentos”, disse.
Fonte: Marcos Frahm