Delegada indica participação de gerente dos seguranças na morte de tio e sobrinho no 'caso Atakarejo'
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (10), após a prisão de quatro traficantes e quatro seguranças do Atakarejo, o secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino, disse que "é uma mentalidade horrível que se instalou no país, de que bandido bom é bandido morto".
Mandarino comentava o episódio do assassinato de Bruno Barros, de 29 anos, e seu sobrinho, Yan Barros, de 19, encontrados mortos com sinais de tortura, no dia 26 de abril.
Horas antes, eles foram pegos por seguranças do supermercado Atakadão Atakarejo, no bairro do Nordeste de Amaralina, acusados de furtar carne no estabelecimento. A família acredita que eles foram entregues pelos funcionários do mercado a traficantes do bairro.
"Não vamos admitir que poderes paralelos atuem na sociedade. A polícia baiana não é violenta, ela não deve matar ninguém. Isso é filosofia nossa, temos que preservar vidas", afirma.
Durante a coletiva foi perguntado se a investigação indicava participação do supermercado na ação de entregar tio e sobrinho aos traficantes. A delegada Andréa Ribeiro, que conduz o caso, afirmou que ainda não é possível dizer com segurança se há uma relação direta da rede Atakarejo.
Sobre a participação da gerência dos seguranças, a delegada foi mais enfática. "Vamos ouvir algumas pessoas hoje, mas tudo indica que sim, que haveria uma participação da gerência dos seguranças para entregar aos traficantes". E ainda completou: "Nós tínhamos algumas imagens captadas no circuito, mas recebemos a informação de que algumas câmeras estavam desligadas. Esperamos trazer ao inquérito policial novas imagens".
Fonte: Metro1