Sem shows, Ivete e Claudia podem deixar músicos desamparados, diz colunista

A pandemia do coronvírus afetou diversos setores de trabalho no Brasil e um deles é o ramo de entretenimento, mais precisamente da música. Com a proibição para realização de shows, diversos artistas tiveram que se adaptar no atual momento para tentar driblar a crise financeira. No entanto, alguns desses estariam deixando seus músicos desamparados nesse período, que seria o caso de grandes nomes da música baiana.

Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, Ivete Sangalo e Claudia Leitte seriam duas das cantoras em que os funcionários  (músicos, técnicos de som e luz, roadies, bailarinos, seguranças, entre outros profissionais) reclamam de não estar tendo nenhuma ajuda.

Acontece que todas as equipes são contratadas como MEI, sem vínculos empregatícios, embora os artistas exijam uma certa ‘exclusividade’. Como não possuem carteira assinada, juridicamente os cantores não têm obrigação de manter os pagamentos se não há trabalho - e eles realmente não estão fazendo shows. Mas, por conta disso, esses profissionais têm passado por dificuldades financeiras. Diferentemente dos forrozeiros que fecharam acordos com seus funcionários como já publicamos aqui, as estrelas do axé não têm se mexido para resolver a questão.

De acordo com a publicação, quando procurada a assessoria de Claudia Leitte não respondeu. Já com Ivete, a resposta foi: “vou falar com o empresário e se tiver uma resposta, te aviso”. As duas equipes também foram procuradas pela reportagem do BNews na manhã deste sábado (11). A de Ivete afirmou que não iria se pronunciar por se tratar de um assunto interno. Já a de Claudia não respondeu até a publicação desta matéria.

Por outro lado, os representantes da banda Babado Novo, liderada pela cantora Mari Antunes, afirmou que  “até o último dia que funcionamos, ainda que a banda não tenha recebido os valores de todas apresentações realizadas, honrou com o pagamento a todos, tendo paralisado as atividades sem nenhuma pendência com eles. Continuamos conversando com a associação de produtoras de eventos para que possam socorrer estes prestadores, bem como a nós.”

Quem também tem tentado auxiliar os funcionários é o cantor Bell Marques. À colunista ele destacou que  não irá dispensar ninguém e que no há dívidas trabalhistas: “os salários já foram pagos e não vamos desligar ninguém, dando toda a assistência possível neste período.” Já a banda Chiclete com Banana, ex-grupo do cantor, preferiu não comentar o assunto: “não posso te ajudar porque não tenho essa informação”, disse o empresário Gabriel Cruz.

Com um ritmo menor de apresentações, Daniela Mercury explicou que seus músicos, bailarinos e técnicos são contratados por temporada de shows: “São técnicos, bailarinos e músicos de diversos estados brasileiros que prestam serviço a vários artistas do Brasil e do mundo. Eles não recebem salários porque não são empregados. Geralmente são microempreendedores individuais e recebem quando são convidados e aceitam realizar o serviço. Há cerca de 10 anos, Daniela optou por fazer poucos shows no ano e não tem demanda para a contratação fixa. Apenas quando a artista é contratada para show, também são contratados esses profissionais.”

Vale lembrar que o cachê das grandes estrelas do axé music e principais referências da música baiana gira em torno de R$ 300 mil. Ainda de acordo com a publicação, por show, cada artista é contratado pelos seguintes valores:

Cachê por shows (em R$)
Ivete Sangalo 350.000,00
Claudia Leitte 300.000,00
Bell Marques 150.000,00
Durval Lelis (Asa de Águia) 100.000,00
Daniela Mercury 100.00,00

Fonte:BCNews

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